sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


Cela-se um coração na nobre esperança de que uma força maior irá carrega-lo, irá subtrai-lo do mundo comum em que um carinho seja sincero.
Perde-se as esperanças nas discórdias dos seres que apenas querem desfrutar das lágrimas, dos sofrimentos, da solidão do próprio.
Uma força maior o prende, uma energia torna todo um cataclisma pequeno diante de um tremendo golpe contra o amável coração.
Ele se sente pequeno, se sente só, cria a doce ilusão de preferir um punhal a uma rosa em seu peito, de preferir o triste ao lúdico.
Leva em consideração toda uma história vivida e a nada dá valor, em nada consegue enxergar o positivo, em nada consegue ver o óbvio.
Tamanhas circunstâncias são lavadas na frente do seu ego, pequenos obstáculos tornam-se desculpas na frente da sua maldade.
Trava uma guerra contra si e entrega os pontos, torna o que parecia ficção, virar realidade nas sombras da desilusão.
Em meio a toda uma distração de sentimentos, sente-se pequeno, sente-se só, sente-se coração.
Lembranças que traz do berço, lamentações que não encontra preço, mas firmemente crê, que mesmo após o punhal, há um recomeço.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


Acho que sou o único que tenho uma filosofia que prevê a verdade e não o lúdico. Sei lá, foda-se..
Pessoas as vezes preferem sonhar do que ver a verdade, ou pelo menos tentar enxergar. Tenho pena dessas..
O foda, é ter que aturar egocentrismo de algumas pessoas e ficar calado para não machuca-las.
Continuo no meu dilema: "Enquanto você não deixar de olhar pra minha vida, a sua não anda pra frente".
Não digo "ir pra frente" em relação a bens materiais e sim a coisas relevantes para sua alma.
Prestar mais atenção na diversão, alivia o peso dos problemas. Se deixa-se seu egocentrismo de lado, viveria mais em paz.
Então, complete-se. Mas lembre que ninguém nasceu colado. Vive ae que eu vivo aqui.
O pior de tudo é saber que mesmo do meu lado, você tá muito distante e que o tempo cada vez mais vai nos distanciar, não importa o que aconteça.
Seguir seus planos, seus desejos, seus dilemas, eu não nasci pra isso. Aceite.
Meu medo é de um dia eu perder o sentimento bom que ainda tenho por você, de deixar o ódio falar mais alto que as boas lembranças.





segunda-feira, 29 de novembro de 2010


Este texto foi me enviado por um amigo que pensa exatamente como eu. Leiam e reflitam.

Por @BateBolaBandido:


Guerra no RJ

Vejo a mídia não medir esforços para convencer a população de que a violência é necessária, de que com violência solucionaremos a questão do tráfico. O tráfico não está somente na favela, na favela não existem “chefões”, na favela não temos fábricas de armas e nem produção de drogas. Hoje a droga é vendida nas favelas por crianças de seis anos de idade, O BOPE vai meter bala em crianças também? O “traficante da favela” é apenas um funcionário de uma indústria podre que enriquece canalhas que usam terno Armani e comem caviar, e que nunca entraram em uma favela, e muitos deles nem entraram no Brasil! Existe um detalhe que ninguém nota, um morador de favela não tem educação, saneamento básico, segurança, lazer nem porra nenhuma, mas ele tem um Título de Eleitor, interessante não é? Para um candidato entrar com sua campanha eleitoral em uma “comunidade” ele precisa de autorização de quem comanda a facção criminosa, e isso é negociado entre eles e os políticos, quando a polícia invade uma favela é possível que seja apenas para ganhar campo eleitoral e satisfazer interesses políticos. A função da mídia é apoiar a violência policial para que a elite tenha algum controle sobre os miseráveis, favelados e negros que já nascem abandonados pelo Estado! O Estado não é o cidadão trabalhador que acorda cedo, dorme tarde e se alimenta mal e sobrevive com um salário de fome, o Estado é a elite, a minoria rica que mantêm sua riqueza explorando a miséria, e essa miséria é o cabresto do gado cidadão! Sem educação, renda digna, sem perspectiva de vida ou sucesso e sendo bombardeado pelo capitalismo insano, um jovem favelado torna-se “traficante” sem medo ou pudor algum, por que ele cresceu na miséria, cresceu vendo a morte todos os dias, cresceu vendo o “traficante” com tênis Nike, celulares, motos, carros, cordões de ouro e mulheres ao seu redor, ele não cresceu jogando “Nintendo Wii”, esses bens materiais são os mesmo que a mídia anuncia em novelas, filmes, e comerciais 24 horas por dia, fazendo com que o miserável deseje tê-los, mas nunca os terá, mas o “traficante” tem... A polícia é o escudo desse Estado, é a bastilha, sempre foi assim. Os reis tinham seus exércitos ao redor de seus palácios para garantir a proteção de seu reinado. A polícia é o escudo e a arma que garante o sossego e o sono tranqüilo da elite. Tolo é o cidadão que crê que a polícia existe para sua proteção, no Período Regencial aconteceram no Brasil diversas revoltas populares, o povo cansou da miséria e organizou-se para reivindicar seus direitos e uma vida mais digna, logo, o povo foi combatido pelos exércitos da época, a Guarda Nacional matou milhares de brasileiros que queriam apenas uma vida melhor. Não eram bandidos ou traficantes, eram apenas brasileiros, negros, índios, mestiços, todos trabalhadores!  Algumas décadas depois tivemos a Guerra de Canudos, onde mais uma vez a população foi cruelmente assassinada por buscar uma forma de sociedade alternativa e independente. Morreram por volta de 25 mil cidadãos. Hoje se a população decide protestar, organizando passeatas ou manifestos pacíficos, a polícia é prontamente chamada e posicionada estrategicamente para controlar os manifestantes! Já cansei de ver estudantes e professores da rede pública levando porrada da polícia apenas porque exigiam salários melhores, estou falando de professores e estudantes! Compreende? Se algum dia os aposentados resolverem exigir uma aposentadoria melhor provavelmente irão sofrer com gás de pimenta, cacetada e balas de borracha, pobres velhinhos. Enfim, não se pode reclamar. O cidadão tem que viver calado, trabalhando, ganhado ridiculamente mal e se submetendo às regras do sistema que apenas o oprime. O jovem tem que viver na favela, morrer na favela, matar na favela, drogar-se na favela, ele só não pode sair da favela pra queimar os ônibus que transportam o gado para a bolandeira, nem no verão, no verão ele tem que ficar no Piscinão de Ramos e deixar as praias da Zona Sul livres para a burguesia tomar sua água de coco, e mais uma vez as novelas e programas de TV fazem sua parte divulgando os piscinões para atrair os favelados e mantê-los afastados das praias da elite! Um jovem com menos de 25 anos que cansa desse sistema e resolve buscar no tráfico de drogas a vida boa que a mídia esfrega em sua cara, torna-se um subversivo, como um negro escravo que cansou de ser humilhado e desobedeceu a seu dono e resolveu fugir, rapidamente o “Capitão do Mato” sai em busca desse escravo, vivo ou morto! As imagens impressionantes da TV que mostraram “traficantes” fugindo da polícia e correndo pro mato, me fizeram pensar nos escravos fugindo pra Palmares, em busca do tão sonhado Quilombo. O Capitão do Mato de hoje, é o CAPITÃO NASCIMENTO...


Vejam também este vídeo da ação dos porcos fardados contra um morador da Vila Cruzeiro.
http://migre.me/2zxVK 


Canal do amigo @BateBolaBandido no Youtube: http://www.youtube.com/user/batebolaBandido

sexta-feira, 26 de novembro de 2010



Em cada trago uma lembrança, em cada trago uma esperança.
Lembranças da vida, dos amores, dos sorrisos, de coisas boas e ruins que ficaram para trás.
Esperança de conquista-las novamente, de ter uma nova chance, de me sentir confortável algum dia.
Enquanto inspiro fumaça penso no cotidiano, penso nas razões, nas reações.
Questiono as cores, as fantasias, os seres, o mundo.
Vejo que as barreiras formadas pelos instintos humanos são maiores do que qual quer outra coisa, do que qual quer outra imposição.
Guerra, choro, reclamação, sugestão, opinião, os conflitos permanecem, a premeditação continua a vazar pelos olhos cheios de lágrimas ao redor das ruas.
O vento sopra a desigualdade, a injustiça, a desunião.
Enquanto a brasa do cigarro queima no cinzeiro, eu me questiono se realmente todas as nossas crenças e descrenças estão certas, se tudo o que já fizemos até hoje valeu realmente a pena.
Nossos sonhos, nossas lutas, nossas "obrigações".
Vivemos hoje em um mundo sem limites, sem fraternidade, com falsas situações de amor, com falsas situações de carinho.
O ser humano a cada dia que passa se distancia mais um do outro, a cada dia que passa se torna um bicho mais carente.
Pessoas buscam, conseguem, as vezes não e sempre as falta alguma coisa.
Neste meu último trago, consigo enxergar nas entrelinhas do universo e vejo que nos falta além das boas lembranças, a esperança.

terça-feira, 23 de novembro de 2010



  Seus passos me arregalam os olhos, seu andar me mantém apreensivo.
Distância é uma coisa que tenho medo, principalmente se for de você.
Sustento todos os meus paradigmas com o pensamento em seus carinhos, em seus afagos.
Caminho lentamente para a sua direção e sem olhar pra trás, as vezes me perco.
Me perco nos teus braços, nos teus abraços, nas lágrimas espontâneas dos teus olhos.
Me acho no calor do teu corpo, no gosto do teu beijo, no aconchego de suas curvas.
Encontro-me em êxtase quando perto de ti, me sinto seu dono, seu senhor, o dono do mundo quando estou contigo.
Tua carne alimenta meu prazer, teu suor alimenta meu desejo.
Tuas curvas alimentam meu tato, teu cheiro alimenta as minhas vontades.
Vontades essas que sinto saudades, saudades e vontades que tenho de você.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010



Oh meu Flamengo, 115 anos de glórias  e vitórias.
Vitórias essas que sempre representaram a garra e a raça de quem movia seu manto sobre o gramado,
de quem levava suas cores aos céus como a forma mais digna de amor.
Cada jogo uma batalha, cada disputa uma guerra.
Tua estampa marcada em cada coração e celebrada com honra a cada grito de gol.
Sua imagem sempre presente nos sentimentos de seus súditos lhe dando a força de mover montanhas, de abrir mares e de explorar o máximo dos limites de um ser.
Flamengo, tua história fala por ti, deixam qual quer outro ser que não torça por você, calado, sem argumentos para debater.
Tamanha força que ladra corações por onde passa, tamanho orgulho que suga emoções por onde joga.
Um sentimento presente na alma de cada torcedor que te exalta, te põe no lugar mais alto com sabedoria e esplendor.
Um grito voraz a cada partida, uma expressão do mais puro amor em cada decisão, exaltação das alegrias quando você se faz presente entre as quatro linhas do gramado.
Você representa a união, a garra, a força, a paixão e a junção dos mais puros sentimentos.
Se torna divino a cada conquista, se torna sublime a cada vitória.
115 anos de emoção, devoção de uma nação para contigo, presente no peito de cada um que por ti vibra.
Somos 40 milhões de vozes cantando seus sagrados hinos em prol do apoio, em prol da devoção, em uma eterna harmonia que te torna o maior dos maiores quando estás a disputar.
Súditos que vestem teu manto por paixão, por terem confiança em ti e por saber que sua representação em cada um de nós, nos deixa extasiados com tamanha alegria.
Suas derrotas não nos fazem abaixar a cabeça, não compromete o que sentimos por ti, sabemos que sempre serás  maior do que tudo e todos.
O Mais querido de toda uma nação, o mais adorado por todos os 7 mares da terra, o mais idolatrado e o mais invejado pelos calangos que tentam chegar onde você chegou.
Magnitude imensa que te faz ser maior a qual quer um que o teu caminho possa cruzar.
Raça, Amor e paixão são o que te movem, são o que te tornam grande perante a um povo, perante a sua nação.
Nação que tem orgulho de gritar teu nome aonde quer que esteja, aonde quer que você vá.
Sempre com você, Flamengo. Na derrota ou na vitória, nas conquistas e nas tristezas, não importa aonde vá, sempre estaremos contigo.
Não seriamos ninguém sem as suas representações, não teríamos alegria de viver sem o seu sagrado manto para vestir. Não valeria a pena ter voz se não fosse pra gritar o teu nome e nem coração se não tivesse você para estar presente nele.

“Eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo”

Parabéns Clube de Regatas do Flamengo, pelos 115 anos de glórias, conquistas e história.
Sempre presente em nossos corações.

“Uma vez Flamengo, sempre Flamengo”


sexta-feira, 12 de novembro de 2010




Neste anoitecer, idéias pulsam por dentro dos espirais de sua mente, falsas energias passeiam pelo ar como uma breve brisa na relva em um fim de tarde.
Sensações que tornam a presença de olhares constantes pesando sobre o teu  legado, cores que se distorcem no preto e branco de tuas amarguras.
Visões cruéis de um mundo onde as aparências contam mais do que as belezas que partem da inocência do nosso interior.
Os mistérios da noite vem a tona, como se as coisas que por ela rolam, fossem partes de sentimentos mastigados por angústias dos seus maus dizeres.
Cada pessoa que se aproxima do teu olhar, enxerga nele poesias, refletindo a doce pupila que os atrai e que ao mesmo tempo te traz calor.
Calor esse, que descongela tuas frustrações, que faz das coisas negativas tornarem-se risos e alegrias.
Calor esse que prepondera em teu coração, em uma fria madrugada de lamentação.
Realidades que se fazem presente nas lamúrias que correm pelo teu corpo, como o suor excessivo das suas dores. 
Sente-se incapaz de ser grata com tuas próprias frustrações. 
Deixa se levar noite à fora, para que toda essa sua ilusão caia em esquecimento.